Cegás deve superar os 300 km de gasoduto em 2012

A Companhia de Gás do Ceará (Cegás) planeja superar os 300 km de rede
de distribuição este ano. Atualmente a empresa, vinculada à Secretaria
da Infraestrutura do Estado (Seinfra), já registra 264 km de dutos. O
montante de investimento será de cerca de R$ 10 milhões e terá como
foco nos segmentos residencial e comercial. Como parte do projeto de
expansão está a implantação de uma linha tronco de gasoduto a parte de
Aquiraz, município da Região Metropolitana de Fortaleza, ligando o
ponto de entrega da Petrobras, que será construído naquele município,
à rede de Fortaleza.
A Cegás firmou contrato com a Universidade Federal do Ceará (UFC) para
pesquisar o potencial do mercado de gás natural nas diversas regiões
do Estado com vistas a uma maior interiorização do fornecimento do
insumo pela Companhia. Para este ano está previsto um aumento do
volume de consumo da ordem de 60m³/dia. A Cegás fornece o energético
para 2.500 clientes residenciais,  para 50 do setor comercial, 10 do
industrial e para um de cogeração. Dentre os maiores clientes, que
serão conectados em 2012, estão a AMBEV e o Centro de Feiras e Eventos
do Ceará (CEC).

Hoje a Cegás atende, além de Fortaleza, os municípios Aquiraz,
Aracati, Canindé, Caucaia, Eusébio, Horizonte, Itapajé, Itapipoca,
Limoeiro do Norte, Maracanaú, Pacajús, Pacatuba, Quixadá, Russas, São
Gonçalo, Sobral e Tabuleiro do Norte.

Cresce consumo de gás natural

O consumo de gás natural pelas indústrias brasileiras cresceu de uma média diária de 27,92 milhões de metros cúbicos por dia em maio para 28,36 milhões de metros cúbico/dia em junho. Os dados fazem parte do balanço mensal do mercado de gás realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e confirmam a tendência de crescimento do consumo industrial do combustível, que vem subindo, gradativamente, desde março.

O Ministério avalia que o crescimento da demanda por gás nas fábricas indica recuperação da atividade industrial após a pior fase da crise econômica mundial. O documento do MME revela ainda que a oferta de gás nacional no mercado teve uma importante redução – de três milhões de metros cúbicos diários – de um mês para o outro. Isso aconteceu, segundo o governo, por causa da realização de serviços de manutenção em unidades de produção na Bacia de Campos.

Para compensar a menor oferta de gás nacional, a solução foi aumentar ligeiramente a compra de gás boliviano em cerca de 0,4 milhão de metros cúbicos por dia e elevar a regaseificação de Gás Natural Liquefeito em Pecém (CE). Segundo o MME, a unidade cearense operou na segunda metade de julho com volumes médios de 2,4 milhões de metros cúbicos por dia.