Estados Unidos: Uma importante empresa de logística aposta no GNV

A empresa americana UPS incorporou 300 novos caminhões propulsados a gás natural veicular a sua frota. Assim, a empresa se transformou na maior frota privada de veículos alternativos na indústria de logística, com 1.819 unidades das quais 800 funcionam a GNV.

Robert Hall, diretor de Engenharia de Veículos da UPS, disse que “esta nova incorporação de GNV é mais um passo para a conversão completa da nossa frota ‘verde’” e acrescentou que “incorporar veículos de entrega amigáveis com o meio ambiente é uma das muitas maneiras em que nossa empresa demonstra seu compromisso com as práticas de negócio sustentáveis e ecológicas”.

Os novos caminhões são unidades que contam com o sistema de gás natural veicular de fábrica, externamente idênticas aos clássicos caminhões marrons, mas claramente identificados como veículos ecológicos.

Crise provoca desperdício recorde de gás em 2009, diz ANP

A queima de gás natural no país nos quatro primeiros meses de 2009 é a maior desta década para o período, segundo dados da ANP (Agência nacional do Petróleo). De janeiro a abril, foram perdidos, em média, 7,7 milhões de metros cúbicos/dia, avanço de 67% sobre o desperdício de 4,6 milhões de metros cúbicos/dia observados em igual período em 2008.

Este nível de perda de gás supera os 7,6 milhões de metros cúbicos diários observados em 2002. Naquela época, além de a produção da Petrobras ser menor, boa parte das medidas adotadas para reduzir o desperdício de gás ainda não tinham sido implementadas.

A maior parte da produção de gás no Brasil é associada ao petróleo, ou seja, os dois são obtidos de forma conjunta. Para se reduzir a extração de gás, seria necessário diminuir a produção de petróleo em um determinado campo.

O forte incremento na perda de gás está associada à crise econômica, já que a indústria, principal mercado consumidor, reduziu seu nível de produção de forma significativa após setembro, e consequentemente, passou a consumir menos gás. Em outubro do ano passado, a queima de gás aumentou 22%, na comparação com o mês anterior.

O pico de desperdício de gás, no entanto, foi verificado em março, quando foram queimados, em média, 9,7 milhões de metros cúbicos/dia de gás.

No mês seguinte, houve queda, mas as perdas continuam altas. Em abril, foram queimados 8,9 milhões de metros cúbicos/dia, volume 112% superior aos 4,2 milhões de metros cúbicos/dia constatados em abril de 2008.

A VALE no Petróleo e no Gás Natural

Ao anunciar a parceria com a Petrobras, através da compra de 25% em três concessões no bloco ES-22, a VALE aprofunda os seus investimentos no segmento de exploração e produção de petróleo e gás no Brasil. Com a parceria no bloco ES-22 a VALE passa a ter 29 concessões exploratórias no Brasil, sendo 25 com a Petrobras. O interesse da VALE é explicado, principalmente, pela importância do gás natural como fonte energética para a empresa. Atualmente, a VALE consome 2 milhões de m3/dia e tem potencial para 6 milhões de m3/dia. A nova Lei do Gás também colaborou para apressar os investimentos da VALE na exploração e produção de petróleo e gás. Com a nova lei surge a figura do auto-produtor. O auto-produtor pode consumir o seu gás nas suas plantas sem pagar margem para distribuidora estadual. Isso reduz bastante o custo do gás. Além do mais, incentiva o surgimento de novos produtores que poderão contestar o atual monopólio da Petrobras. Isso porque poderão vender diretamente para as distribuidoras a parcela de gás que não for consumida nas suas plantas.

ALGNV define agenda para 2010

Foram aprovados, como prioridades os projetos relativos à promoção da homogeneização de normas e regulamentos dentre os países da região, a divulgação de inovações e tendências, e a proposição de incentivos para o desenvolvimento dos diversos mercados da América Latina.
O Comitê Executivo da Associação Latino Americana de GNV teve um encontro recente na cidade de Medellín, Colômbia, neste mês, por ocasião da realização da Expo GNV Colômbia 2009. Entre outros assuntos, foi discutida uma agenda de trabalhos para o período 2009-2010, tendo sido aprovados, como prioridades os projetos relativos à promoção da homogeneização de normas e regulamentos dentre os países da região, a divulgação de inovações e tendências, e a proposição de incentivos para o desenvolvimento dos diversos mercados da América Latina. A homogeneização de normas e regulamentos busca reduzir ou eliminar diferenças existentes entre os requisitos básicos estabelecidos pelos diferentes países, para veículos que utilizam gás natural. A concepção é a de realizar um programa, a exemplo do que já vem sendo feito a nível de Mercosul, com o mesmo objetivo.

A frota latino americana de veículos a GNV, atualmente é de 3,79 milhões, constituindo 40% da frota mundial, hoje totalizando 9,6 milhões de veículos. Na América Latina, a Argentina e o Brasil representam 89% da frota do continente. No mundo, a Ásia vem crescendo de forma acelerada, liderando assim o crescimento global do uso desse combustível, principalmente na Índia, China e Paquistão.
O uso do gás natural veicular tem sido apoiado por diversos países, dado que proporciona melhores condições climáticas, menores custos para os consumidores, maior expansão das redes de distribuição de gás, melhor oferta de empregos, e o conseqüente desenvolvimento social e econômico da nação. A nível mundial, estima-se que a frota de veículos a GNV poderá alcançar 50 milhões de veículos em 2020.

ENI trava fusão entre Fenosa e Gas Natural

Grupo italiano, acionista estratégico da Galp, recorreu aos tribunais. EDP pode ser penalizada.
A ENI, parceira estratégica da Galp, passou das ameaças à prática. O grupo italiano vai recorrer aos tribunais do país vizinho para tentar travar a fusão entre as espanholas Gas Natural e Unión Fenosa. E não descarta a possibilidade de transferir o processo para as instâncias comunitárias, caso não seja bem sucedida.

Minc: licença para gás e petróleo terá novo sistema

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou ontem que o governo lançará, nos próximos dias, um novo sistema de licenciamento ambiental para as áreas de petróleo e gás. Segundo ele, no caso do petróleo, as licenças não serão mais por poço e sim por área de exploração. No gás, o licenciamento será feito por bacia e não mais “caso a caso”.

Minc disse que a área ambiental tem tomado medidas para agilizar a concessão de licenças sem perder o rigor. Ele informou que foi lançado um programa, o Destrava 2, que reduz prazos e etapas para a liberação do licenciamento. O ministro citou também uma simplificação na área de aquicultura.

Ele disse ainda que estão sendo adotadas dez medidas para simplificação de licenças ambientais para rodovias de forma que não seja necessário novo levantamento de fauna e relatório de impacto ambiental (Rima) a cada obra de acostamento e tapa-buraco.

Minc garantiu que a área ambiental está cumprindo os prazos nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Não há nada de significativo do PAC que esteja parado por conta de licença ambiental”, afirmou. Segundo o ministro, 100% das obras de petróleo e gás estão sendo cumpridas e a data da audiência pública para a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, será divulgada nos próximos dias.

Ele disse também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará amanhã novas unidades de conservação, manejo e reflorestamento, além de outras medidas para fortalecer a área ambiental. “O meio ambiente deixou de ser problema. Estamos mantendo o rigor e a agilidade”, disse.

100% estatal. O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, defendeu ontem o aumento da participação do governo no capital total da Petrobras. “Temos de recuperar as ações do governo. Eu acho que voltar a ser 100% estatal é muito difícil. Mas, hoje, temos até trinta e poucos por cento. Poderíamos chegar, pelo menos, a 60%, 58% ou coisa que o valha”, disse.

Lima, que participou ontem de seminário sobre o pré-sal promovido pela Câmara dos Deputados, em Brasília, reiterou que a comissão do governo que estuda as novas regras para a exploração da camada do pré-sal analisa a hipótese de criar uma empresa 100% pública para administrar as reservas. “Discutimos, mas, por enquanto, não há decisão, se não é o caso de se criar uma estatal não operadora”, disse.

Lima comentou que a Petrobras nasceu 100% estatal, passou a ser de economia mista, mas com a União mantendo-se majoritária no capital. “Aí, no governo passado, de repente, começaram a vender ações da Petrobras. E hoje, mais de 60% das ações são privadas”, comentou.

O governo mantém o controle da empresa porque a União detém atualmente 55,7% das ações ordinárias, com direito a voto.

Gás Natural e novas perspectivas de mercado

As descobertas recentes de jazidas de petróleo na região Pré-sal trouxeram novas perspectivas quanto à produção e mercado do GN no país – tema central do 6º Congresso Gas Summit Latin America 2009, realizado entre os dias 26 e 27 de maio, em São Paulo.

O Gás Natural (GN) é obtido nas mesmas jazidas onde o petróleo é prospectado. Assim como os combustíveis fósseis é uma mistura de hidrocarbonetos originados da decomposição de matéria orgânica ao longo de milhões de anos, composto principalmente por metano quando em estado bruto.

O poder energético do GN chega a ser mais eficiente do que dos combustíveis líquidos. No entanto, os custos para transporte acabam sendo tão elevados quanto do óleo, pois o produto passa pelo processo de liquefação – se tornando Gás Natural Liquefeito (GNL).

A queima de GN apresenta baixos índices de emissão de poluentes, se comparada a de outros combustíveis fósseis. Em relação ao óleo combustível, o produto tem se mostrado cada vez mais competitivo respondendo a demanda dos setores industrial, de transporte (na forma de Gás Natural Veicular/ GNV) e geração de energia elétrica.

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, declarou que “as notícias” quanto ao Pré-sal são positivas, mas preferiu não citar números de volumes. Já o sócio-diretor da assessoria Gas Energy, Marco Tavares, acredita que os campos Tupi, Iara e Júpiter têm potencial conjunto de 100 milhões de metros cúbicos diários (Mm3/dia), volume previsto para ser prospectado entre os anos de 2015 e 2018.

As reservas provadas no Brasil, não considerando as recentes descobertas do mega-campo, giram em torno de 230 bilhões de m3. Cerca de 48% localizadas no estado do Rio de Janeiro, 20% no Amazonas, 9,6% na Bahia e 8% no Rio Grande do Norte.

Investimentos

A Petrobras tem planos de investir, até 2012, cerca de US$ 18,2 bilhões na cadeia de gás natural, o objetivo será aumentar a oferta dos atuais 23 Mm3/dia para 72,9 Mm3/dia.

Os volumes obtidos do Pré-sal deverão entrar em cena somente a partir de 2017, nas “previsões mais conservadoras”, ressaltou Foster. Atualmente o Brasil oferta 41 Mm3/dia, considerando as prospecções brasileiras, mais as fontes importadas, sobretudo, da Bolívia. Em 2008 a oferta foi de 58 Mm3/dia, já a demanda prevista para 2017, é de 150 Mm3/dia.

Desde o segundo semestre de 2008, a companhia importa GNL – o formato mais denso dessa fonte energética. A diferença do GNL para o GN, é que o primeiro, comprimido e transformado em líquido, é mais fácil de transportar, por exigir menor espaço para acomodação.

Depois de entregue, o GNL pode ser revertido em GN e utilizado para fins comerciais e industriais. Os carregamentos de GNL permitem, dessa forma, flexibilizar o atendimento das termelétricas.

A Petrobras injeta a fonte combustível na malha de gasodutos em dois terminais de regaseificação localizados na Baía de Guanabara (Rio de Janeiro), com capacidade para regaseificar 14 Mm3/dia, e em Pecém (Ceará), capacitado para trabalhar com até 7 Mm3/dia – as estocagens e regaseificação são feitas a bordo de duas embarcações – Golar Winter e Golar Spirit.

Mercado

Em 2007 o GN respondia por 9,2% do consumo brasileiro. Em 2008 a importância subiu para 10,2%. O desempenho da fonte também cresce no setor de energia elétrica, em 2004 a participação do GN nesse mercado era de 4%, em 2008 passou a atender 6% da demanda.

A crise econômica mundial e o período de chuvas favoreceram para que nos últimos meses de 2008, e início de 2009, ocorressem retrações de consumo.