Queda na importação de gás já é de US$ 388 mi

De janeiro a julho deste ano as importações do gás boliviano natural, que entra no País por Corumbá, tiveram redução de US$ 388 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.

Foram US$ 992.618.488 comprados pela Petrobrás nos primeiros sete meses do ano, ao passo em que no mesmo período do ano passado foram US$ 1.380.751.005. A redução é de 28%.

Isso se deve principalmente à redução do volume importado, conforme mostram os dados da balança comercial.

Enquanto de janeiro a julho do ano passado foram importados 5.076.265.313 kg líquidos do produto neste ano foram 3.678.419.909, o que corresponde a um volume 27,53% menor.

O governador, André Puccinelli (PMDB) tem reiterado que a Petrobras estaria fazendo uma manobra para subfaturar o valor de parte do combustível comprado da Bolívia, que seria enquadrando, indevidamente, em uma faixa de volume que tem menor preço.

Segundo ele, foram montados grupos de trabalho, na Petrobras e no governo estadual, para confrontar os números relativos ao gás.

O combustível responde por parte expressiva do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhida em Mato Grosso do Sul.

Preço do GNV segue em queda no País

O motorista que utiliza Gás Natural Veicular (GNV) comemorou mais uma vez na hora de abastecer seu veículo. Em julho, as bombas registraram redução de 1,11% no preço cobrado pelo metro cúbico (m³) do combustível, que passou a custar R$ 1,703. A queda é modesta, mas se somada aos últimos quatro meses, já representa uma economia de 7,93% no bolso do motorista brasileiro. Diesel e biodiesel tiveram redução de 3,02% e 2,99%, respectivamente, enquanto o álcool e a gasolina apresentaram leves variações, que não chegam a 0,5%. Esses são os dados da última pesquisa realizada pelo Ticket Car, produto de gestão de despesas veiculares da Ticket.

Com as variações, o litro do diesel no Brasil passa a custar em média R$ 2,108; biodiesel, R$ 2,103; álcool, R$ 1,760 e gasolina R$ 2,671.

O levantamento também indicou os Estados em que é mais vantajoso abastecer com álcool ou gasolina. Em vinte deles e no Distrito Federal, o etanol continua como melhor opção para os motoristas, sendo São Paulo o local com a maior diferença entre os dois combustíveis (48,9%), seguido por Mato Grosso (46,4%), Paraná (44,3%) e Goiás (42,5%). Os proprietários de veículos flex devem dar preferência à gasolina no Acre, Amapá, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima. Desses, o Acre apresenta o melhor custo-benefício. A diferença sobre o etanol chega a 29,8% . (Veja abaixo tabela completa).

O Ticket Car faz mensalmente esse levantamento. Profissionais verificam junto aos mais de oito mil postos credenciados à sua rede os preços médios dos dois combustíveis nos 26 Estados brasileiros, além do Distrito Federal. O objetivo do Ticket Car com esse serviço é agregar valor às operações de seus clientes, oferecendo consultoria contínua para gestores e usuários. Além de reduzir os custos com abastecimento, os dados fornecidos também são úteis no momento de definir se vale ou não a pena comprar automóveis bicombustível em sua região.[ www.ticket.com.br/ticketcar].

De acordo com Marcelo Nogueira, gerente de Negócios Especialista do Ticket Car, o gasto com combustíveis é um dos principais custos de uma frota. “É preciso tomar cuidado, pois, apesar de mais barato, a autonomia do veículo com o álcool é, em média, 30% menor. Assim, para ser vantajosa a sua utilização, o preço do litro também precisa ser 30% menor”, informa.

No mercado desde 1990, inicialmente apenas para abastecimento, o Ticket Car é uma linha de produtos e serviços para gestão de despesas de veículos, que inclui Gestão de Abastecimento e Manutenção, serviços de Assistência 24h, Administração de bomba de combustíveis interna, entre outros. O Ticket Car traz economia média de até 20% na gestão de frotas empresariais e é um produto que opera 100% em cartão. Atualmente atende a mais de cinco mil empresas-clientes. Ao todo, são 260 mil veículos geridos, atendidos por meio de 10 mil estabelecimentos credenciados.

 

Golar Winter já está no Brasil

O FSRU Golar Winter, afretado pela Petrobras da Golar LNG, já está no Brasil. A embarcação, que passou por conversão no Estaleiro Keppel Fels, em Cingapura, está fundeada na Baía de Guanabara para desembaraço alfandegário. O navio será destinado ao terminal de GNL do Rio de Janeiro.

O Golar Winter tem capacidade para o transporte de 20 milhões de m³ de gás natural. A embarcação, junto com o Golar Spirit – afretado para o terminal de GNL de Pernambuco – demandam investimentos da ordem de US$ 90 milhões por ano.

O terminal de GNL da Baía de Guanabara está orçado em US$ 112 milhões e terá capacidade para regaseificar 14 milhões de m³/dia de gás natural. A Petrobras construiu um gasoduto de 15 km, sendo 10 km de dutos submarinos e 5 km em terra, que ligará o terminal à Reduc, onde foi construída uma estação de compressão. De lá, o energético entra na malha de dutos.

Petróleo e gás natural podem não ser fósseis

Teorias famosas

O Universo originou-se de uma descomunal explosão, conhecida como Big Bang. O petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis. Estas são provavelmente as duas teorias científicas mais disseminadas, de maior conhecimento do público e algumas das que alcançaram maior sucesso em toda a história da ciência.

Elas são tão populares que é fácil esquecer que são exatamente isto – teorias científicas, e não descrições de fatos testemunhados pela história. Mesmo porque as duas oferecem explicações para eventos que se sucederam muito antes do surgimento do homem na Terra.

Teoria dos combustíveis fósseis

Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceita atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.

É com base nesta teoria que chamamos as principais fontes de energia do mundo moderno de “combustíveis fósseis” – porque seriam resultado de restos modificados de seres vivos.

Teoria do petróleo abiótico

Muito menos disseminado é o fato de que esta não é a única teoria para explicar o surgimento do petróleo. Na verdade, esta teoria hegemônica vem sendo cada vez mais questionada por um grande número de cientistas, que defendem que o petróleo tem uma origem abiótica, ou abiogênica – sem relação com formas de vida.

Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenômenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência das hipóteses de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.

A deposição lenta, como registrada por todos os fósseis, não parece se aplicar, uma vez que as camadas geológicas apresentam variações muito claras, o que permite sua datação com bastante precisão. Já os depósitos petrolíferos praticamente não apresentam alterações químicas variáveis com a profundidade, tendo virtualmente a mesma assinatura biológica em toda a sua extensão.

Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo não haveria como explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.

Outros fenômenos geológicos, para explicar uma eventual deposição quase “instantânea,” deveriam ocorrer de forma disseminada – para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta – e em grande intensidade – suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.

Carbono do interior da Terra

Por essas e por outras razões, vários pesquisadores afirmam que nem petróleo, nem gás natural e nem mesmo o carvão, são combustíveis fósseis. Para isso, afirmam eles, o ciclo do carbono na Terra deveria ser um ciclo fechado, restrito à crosta superficial do planeta, sem nenhuma troca com o interior da Terra. E não há razões para se acreditar em tal hipótese.

Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos, a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles se originam do carbono que é “bombeado” continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direção à superfície.

É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estes experimentos foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.

Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. O experimento reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.

Metano e etano abióticos

A pesquisa foi feita por cientistas do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, em conjunto com colegas da Suécia e da Rússia, onde a teoria do petróleo abiótico surgiu e tem muito mais aceitação acadêmica do que em outras partes do mundo.

O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados de hidrocarbonetos saturados porque eles têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogênio.

Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram o experimento submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° C a mais de 1.200° C. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilômetros de profundidade.

No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogênio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reações são reversíveis.

Essas reações fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.

Reações reversíveis

Outro resultado importante da pesquisa é que a reversibilidade das reações implica que a síntese de hidrocarbonetos saturados é termodinamicamente controlada e não exige a presença de matéria orgânica.

“Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas,” afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. “Experimentos feitos há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição.”

“Nós superamos esse problema com nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano”, declarou Goncharov.

Hidrocarbonetos gerados no interior da Terra

“A ideia de que os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre e contribuem para a formação dos reservatórios de óleo e gás foi levantada na Rússia e na Ucrânia muito anos atrás. A síntese e a estabilidade dos compostos estudados aqui, assim como a presença dos hidrocarbonetos pesados ao longo de todas as condições no interior do manto da Terra agora precisarão ser exploradas,” explica outro autor da pesquisa, professor Anton Kolesnikov.

“Além disso, a extensão na qual esse carbono ‘reduzido’ sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra,” conclui o pesquisador.

 

Consumo de gás natural mostra recuperação na indústria

Dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) mostram que as vendas totais do insumo no País recuaram 19,3% em junho deste ano em relação a junho de 2008, de 50,43 milhões de metros cúbicos por dia para 40,69 milhões de metros cúbicos.
O consumo de gás natural segue a trajetória de recuperação verificada em maio. Dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) mostram que as vendas totais do insumo no País recuaram 19,3% em junho deste ano em relação a junho de 2008, de 50,43 milhões de metros cúbicos por dia para 40,69 milhões de metros cúbicos. Porém, a retração do total consumido excluindo-se as usinas térmicas, ou seja, o consumo de residências, do comércio, de indústrias, automotivo e outros, foi de 14,2%, de 37,75 milhões de metros cúbicos por dia para 32,37 milhões de metros cúbicos. Essa redução é inferior ao porcentual de 17,9% de maio de 2009 sobre igual mês de 2008. Isso sinaliza uma recuperação do mercado em geral, notadamente o industrial.

De acordo com os dados das distribuidoras, o consumo industrial em junho de 2009 somou 22,14 milhões de metros cúbicos, queda de 18,99% sobre os 27,33 milhões de metros cúbicos por dia apurados em igual intervalo do ano passado. O volume do mês passado, no entanto, é 5,7% superior aos 20,93 milhões de metros cúbicos por dias registrados pela entidade em maio deste ano. Além de uma ligeira melhora na atividade econômica, pesa a favor da retomada da demanda industrial os leilões de curto prazo da Petrobras. As licitações permitiram às concessionárias recuperarem os clientes que migraram do gás natural para o óleo combustível no início deste ano em razão da menor competitividade do gás.

O consumo das termelétricas, por sua vez, voltou a registrar uma desaceleração em junho. Em relação a junho de 2008, a retração verificada foi de 34,3%. A queda está relacionada à diminuição da produção de energia pelas termelétricas com a recuperação dos reservatórios hídricos da Região Sul – de maneira geral, o consumo das térmicas caiu este ano porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem usado mais as hidrelétricas para geração de eletricidade, em razão das boas chuvas no Norte, Nordeste e Sudeste.

A Abegás também registrou recuo de 15,4% nas vendas de gás natural veicular (GNV) em junho de 2009 em relação a igual mês de 2008. Esse mercado tem sido impactado pela alta no preço do GNV e pela maior competitividade do álcool combustível. O consumo do setor comercial recuou 7,3% no período. Em contrapartida, as vendas para o setor residencial cresceram 4,38%. O consumo para cogeração, amplamente usado na indústria em seus processos produtivos, cresceu 12,4%.

 

ANP divulga o volume de petróleo e gás natural produzido em março de 2009

Foi publicado no Diário Oficial da União em 27 de julho de 2009.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis publicou, no Diário Oficial da União, o Despacho do Diretor Nelson Narciso Filho, tornando público o volume de petróleo e gás natural produzido em março de 2009 por campo e produção e a relação dos Estados, Municípios e Órgãos Federais indenizados a título de Royalties, além dos respectivos valores creditados em 20 de maio de 2009, mês de competência março de 2009

Produção de petróleo e gás cai no Ceará

Enquanto a produção de petróleo e gás da Petrobras, no mês de junho, superou índices de 2008, o desempenho dos poços e plataformas do Ceará ficou aquém do esperado. No país, a estatal produziu uma média de 2.505.379 barris de óleo equivalente por dia, que representa aumento de 3,5% ante igual período do ano passado. No Estado, a média foi de 8.525 barris, que mostram queda de 22,5%.

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, desde o primeiro semestre de 2008 a capacidade média de produção diária em poços de terra e mar do Ceará é de 11 mil barris de óleo equivalente. A Petrobras atribui a queda no mês passado a uma paralisação para manutenção no campo de Atum, localizado no município de Paracuru. Segundo a estatal, a atividade já foi retomada.

Se comparada a maio deste ano, a produção total da Petrobras em junho teve redução de 1,6%. A queda foi puxada pelo fraco desempenho da produção interna — a empresa tem campos de exploração em 10 estados. Uma paralisação programada em duas plataformas da bacia de Campos (RJ) e em dois poços do Campo de Golfinho (ES) prejudicou a exploração de petróleo e gás.

Nos nove países onde possui plataformas e poços, a produção da Petrobras registrou, em junho, aumento de 5,4% sobre o mês anterior.

Investimentos

Em 2009 o orçamento da Petrobras na área de exploração e produção de petróleo no Ceará é de R$ 230 milhões. Entre os projetos de investimento, está a ampliação da injeção de água nos campos marítimos, visando o aumento da recuperação de petróleo.

Na área terrestre, para o período de 2009-2013, a companhia estuda a perfuração de centenas de poços a mais na região, com um investimento na ordem de R$ 218 milhões, na produção terrestre.

Para explorar em águas profundas do Estado a estatal prevê a perfuração de três poços, sendo um em 2010 e dois em 2011. Também estão previstas atividades na porção da Bacia Potiguar que se estende para o Ceará, que contemplam estudos geológicos e geofísicos, culminando com a perfuração de dois mais poços exploratórios até o ano 2012.

No momento, está tramitando o processo de licenciamento ambiental, no Ibama, para os poços a serem perfurados na Bacia do Ceará.

Cresce produção de petróleo e gás natural

A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior em junho atingiu a média diária de 2.505.379 barris de óleo equivalente diários (boed). Esse resultado foi 3,5% maior que o de junho de 2008 e 1,6% abaixo do volume total extraído em maio do corrente ano.

Considerando apenas os campos no País, a produção de petróleo e gás natural atingiu a média de 2.253.414 barris de óleo equivalente por dia (boed), refletindo um aumento de 2,3% sobre o volume de junho do ano passado (2.203.039 boed) e uma redução de 2,4% em relação à produção do mês anterior.

A produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais, de 1.926.646 barris/dia, superou em 3,2% a do mesmo mês do ano passado (1.867.336 b/d) e ficou 3,2% abaixo do volume produzido em maio (1.989.322 b/d).

Esta redução temporária de volume foi conseqüência de parada programada em duas plataformas da Bacia de Campos (P-37, Marlim e P-40, Marlim Sul) e da interrupção da produção, por cerca de dois meses, de dois poços do campo de Golfinho, no mar do Espírito Santo. Estes poços produziam para o FPSO Capixaba e estão sendo interligados ao FPSO Cidade de Vitória, que já produz na área. O FPSO Capixaba, com capacidade para 100 mil barris/dia, passará por adaptações e, em meados do próximo ano, será instalado no campo de Cachalote, também no mar do Espírito Santo.

O volume de petróleo e gás natural proveniente dos nove países onde a Petrobras mantém ativos de produção, em barris de óleo equivalente, chegou a 251.965 boed, 6,5% superior ao volume produzido no mês anterior e 15,5% acima da produção de junho de 2008.  Contribuíram para o aumento a entrada de novos poços produtores no campo de Akpo, na Nigéria.

A produção de gás natural dos campos nacionais foi de 51,952 milhões de metros cúbicos diários, mantendo-se nos mesmos níveis do volume produzido no mês anterior e em junho de 2008.

A produção de gás natural no exterior foi de 17,955 milhões de metros cúbicos diários, apresentando um acréscimo de 5,4% em relação ao mês anterior. Este resultado deve-se à normalização da produção na Argentina após paralisação ocorrida em maio. Já em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 4,7%, em decorrência da entrada de novos poços produtores de gás na Argentina.

Chega ao Brasil primeiro carregamento de GNL vendido pela Shell

A Shell entregou, neste fim de semana, 135 mil metros cúbicos de Gás Natural Liquefeito (GNL) à Petrobras no terminal de regaseificação de Pecém, no Ceará.
A Shell entregou, neste fim de semana, 135 mil metros cúbicos de Gás Natural Liquefeito (GNL) à Petrobras no terminal de regaseificação de Pecém, no Ceará. O volume corresponde a cerca de 80 milhões de metros cúbicos de gás natural no estado gasoso, o equivalente a seis dias de vendas da Comgás, maior distribuidora do Brasil. Trata-se da primeira venda de GNL pela Shell para a América do Sul.

O negócio faz parte do acordo assinado pelas duas empresas em março de 2008 para atendimento aos terminais de regaseificação da Petrobras. O objetivo é prover parte da capacidade de importação da estatal e garantir o fornecimento de gás natural para geração termelétrica.

Uma vez regaseificado, o GNL é injetado nos gasodutos e entregue às distribuidoras para venda aos clientes. “Esta é a primeira entrega pela Shell, não só no Brasil, mas na América do Sul, representando um marco importante para nós, com a entrada em novo mercado de GNL. Faz parte da nossa estratégia de contribuir para a adoção de combustíveis mais limpos e para o suprimento da demanda por energia no país”, afirma o presidente da Shell Brasil, Vasco Dias.

Pelo acordo, a Petrobras comprará o gás em forma líquida, resfriado a -164°C, transportado pela Shell em navios. Além de ter os mesmos benefícios de queima limpa do gás natural, o suprimento de GNL, por suas características logísticas, otimiza o transporte para diferentes localidades e dá maior flexibilidade ao mercado, já que o produto pode ser entregue nos momentos em que haja demanda por gás adicional — geralmente para termelétricas, em virtude de baixa na produção hidrelétrica em períodos de seca, por exemplo.