Arte, afeto e inclusão: CEGÁS recebe visita emocionante de jovens da Peter Pan, Itapiúna e Regina Pacis ao som de Coldplay
Ao som de Viva La Vida, da banda Coldplay, o Espaço CEGÁS de Cultura viveu uma manhã de muita sensibilidade nesta terça-feira (17). Estudantes da Escola Regina Pacis, que atende crianças com síndrome de Down, pacientes da Associação Peter Pan, referência no cuidado a crianças com câncer, e jovens do Instituto Itapiúna, engajado na luta anticapacitista, foram recebidos para uma visita guiada à exposição O que muitos não viram, do artista plástico Claudio Cesar.
A visita foi articulada pelo artista plástico Dias Brasil, diretor do projeto @db7arte , que ministra aulas de artes plásticas nas três instituições. Na adolescência, Dias conviveu com Claudio Cesar, que também era clarinetista e filhos de músicos. “Claudio era um artista sensacional, um ótimo papo e uma referência para o meu trabalho social”, disse Dias.
Logo na entrada, a música embalava os passos dos visitantes e anunciava o tom do encontro: vida, esperança e conexão. A visita fez parte das ações do Programa CEGÁS de Responsabilidade Social, que promove, desde 2017, o apoio a iniciativas que valorizam a diversidade, a cultura e a transformação social. Coube ao gerente de Comunicação e Marketing da Companhia de Gás do Ceará (CEGÁS), Paulo Mota, conduzir o grupo por entre as obras da exposição, provocando a percepção estética e afetiva de cada um. “O que vocês veem que outros talvez não vejam?”, perguntou ele. As respostas, cheias de sensibilidade, revelaram mundos internos únicos — como só a arte é capaz de traduzir.
O impacto da música e das artes visuais no desenvolvimento emocional e cognitivo de pessoas com deficiência tem sido amplamente reconhecido por especialistas. Estudos indicam que a arte pode ser ferramenta poderosa de inclusão, promovendo autoestima, expressão emocional e senso de pertencimento. No caso de crianças com câncer, como as da Associação Peter Pan, a vivência estética também colabora para o alívio de tensões e para a construção de memórias afetivas positivas durante o tratamento.
A manhã terminou em festa, com uma apresentação contagiante da Orquestra Contemporânea Brasileira, sob regência do maestro Arley França. O forró e o rock embalaram danças espontâneas, sorrisos largos e um sentimento coletivo de celebração da vida. Viva La Vida, afinal, foi mais do que trilha sonora — foi mensagem, foi símbolo, foi verdade.
Ao reunir arte, afeto e inclusão, o Espaço CEGÁS de Cultura reafirma seu papel como ponte entre o setor empresarial e as urgências humanas de sensibilidade, arte e justiça. E lembra que, muitas vezes, aqueles que o mundo insiste em não ver têm, justamente, o dom de enxergar o que muitos não conseguem.